Fundos para quem prefere a segurança das obrigações soberanas
Embora seja possível encontrar acções que apresentam taxas de dividendos mais elevadas que a rendibilidade até à maturidade das obrigações governamentais, os dividendos das empresas cotadas não são garantidos como os juros da dívida. Por isso, é natural que os investidores mais conservadores estimem mais as obrigações.
Num cenário de incerteza como o actual, em particular no universo obrigacionista, são muitos os gestores de fundos que se concentram na dívida soberana em detrimento das obrigações de empresas. É o caso do Threadneedle European Bond, gerido por Peter Allwright: apesar de poder investir em dívida corporativa, a maior fatia do fundo está em dívida governamental. "Continuámos a assumir uma posição conservadora, mantendo uma forte exposição às obrigações da Alemanha, dos Países Baixos e da Finlândia e uma reduzida participação nos títulos dos governos mais periféricos", explica Allwright no último comentário mensal ao desempenho do produto.
A política de investimento do Millennium Euro Taxa Fixa também prevê a possibilidade de investir em títulos "emitidos por entidades privadas ou emitidos ou garantidos por um Estado membro da União Europeia ou por organismos internacionais de carácter público", mas 94,31 por cento do dinheiro dos investidores estava aplicado em dívida pública no início de Julho. No último, este fundo rendeu 4,06 por cento.

Estes são os fundos de obrigações comercializados em Portugal que têm a maior parte dos portefólios aplicada em obrigações soberanas, segundo a Bloomberg.